Triste Fim de Cristovam Buarque
Que Cristovam Buarque chove no molhado, não é novidade para ninguém. Seu mantra (como bem definiu José Dirceu) é dos mais monótonos e repetitivos, apesar de verdadeiro: que a educação é a base de tudo. Muito bonito ficar bradando isso, o feio é fugir da raia na hora de pôr a mão na massa. E o rojão estoura quase todo na mão do PT (e do PC do B, em menor escala).
Mas parece que Cristovam não se cansa de cometer equívocos. Na sexta-feira 08 de setembro, saiu uma declaração sua no JB, página A2, na qual ele assim dizia: “É um risco para a democracia se Lula for eleito no primeiro turno”.
Pára tudo. Está muito claro que já não podemos esperar quase nenhuma sensibilidade política de Cristovam e seu partido, assim como de Heloísa Enéas e seus rebentos. Mas já tá ficando demais. Um risco para a democracia? Quer dizer o quê? Que se o povo reeleger o presidente Lula com mais de sessenta milhões de votos, isso é um risco para a democracia? Se ele tivesse dito que o povo vai votar mal, até entenderíamos, embora eu, particularmente, não concordaria. O que eu não esperava é Cristóvam também aderisse a um discurso golpista, pois o princípio mais fundamental de uma democracia representativa é a soberania do povo através do voto. É uma declaração golpista, repito, pois não o julgo uma pessoa burra.
Cristovam e seu partido, assim como Heloísa e seus pares, e também o PPS do enlouquecido Roberto Freira, não merecem ter seus passados de luta pela democracia e pelo socialismo no país condenados. Isso está fora de questão, a contribuição que eles proporcionaram ao nosso povo é digna de aplausos. Mas seus presentes e, principalmente, seus futuros políticos, ao meu ver, estão nitidamente sendo jogados fora (alguns sem volta). E isso é lamentável. Seria muito belo se estivessem ocupados em realizar uma oposição mais à esquerda, que exercesse pressão sem cair no denuncismo farisaico e no hegemônico discurso moralizante, e que ajudassem na organização de um debate sobre projetos de governo, discutindo suas viabilidades políticas. O único debate que promovem é um debater-se em tristes águas, como se estivessem se afogando, felizes da vida por morrerem sozinhos, incapazes de pedir ajuda aos que passam por perto e estendem a mão.
Não posso deixar de falar de Jéferson Peres, vice de Cristovam, outro ex-companheiro com interessante trajetória de luta. Ex-companheiro, ressalto. Só anda falando besteira, tratando o povo como se fosse uma massa ignorante que não está preocupada nem um pouco com política (ao contrário do que, até mesmo, certas pesquisas eleitorais apontam). Pelo menos, ainda que muito tardiamente, anunciou aposentadoria da carreira política após o pleito. Acho que é isso mesmo: cansou, já não trabalha mais direito, que pendure as chuteiras e vá criar galinhas, o que pode ser um ofício muito bacana, nada contra. Tem horas que a caduquice e o cansaço acabam vencendo. O problema é quando não se percebe isso.
Mas parece que Cristovam não se cansa de cometer equívocos. Na sexta-feira 08 de setembro, saiu uma declaração sua no JB, página A2, na qual ele assim dizia: “É um risco para a democracia se Lula for eleito no primeiro turno”.
Pára tudo. Está muito claro que já não podemos esperar quase nenhuma sensibilidade política de Cristovam e seu partido, assim como de Heloísa Enéas e seus rebentos. Mas já tá ficando demais. Um risco para a democracia? Quer dizer o quê? Que se o povo reeleger o presidente Lula com mais de sessenta milhões de votos, isso é um risco para a democracia? Se ele tivesse dito que o povo vai votar mal, até entenderíamos, embora eu, particularmente, não concordaria. O que eu não esperava é Cristóvam também aderisse a um discurso golpista, pois o princípio mais fundamental de uma democracia representativa é a soberania do povo através do voto. É uma declaração golpista, repito, pois não o julgo uma pessoa burra.
Cristovam e seu partido, assim como Heloísa e seus pares, e também o PPS do enlouquecido Roberto Freira, não merecem ter seus passados de luta pela democracia e pelo socialismo no país condenados. Isso está fora de questão, a contribuição que eles proporcionaram ao nosso povo é digna de aplausos. Mas seus presentes e, principalmente, seus futuros políticos, ao meu ver, estão nitidamente sendo jogados fora (alguns sem volta). E isso é lamentável. Seria muito belo se estivessem ocupados em realizar uma oposição mais à esquerda, que exercesse pressão sem cair no denuncismo farisaico e no hegemônico discurso moralizante, e que ajudassem na organização de um debate sobre projetos de governo, discutindo suas viabilidades políticas. O único debate que promovem é um debater-se em tristes águas, como se estivessem se afogando, felizes da vida por morrerem sozinhos, incapazes de pedir ajuda aos que passam por perto e estendem a mão.
Não posso deixar de falar de Jéferson Peres, vice de Cristovam, outro ex-companheiro com interessante trajetória de luta. Ex-companheiro, ressalto. Só anda falando besteira, tratando o povo como se fosse uma massa ignorante que não está preocupada nem um pouco com política (ao contrário do que, até mesmo, certas pesquisas eleitorais apontam). Pelo menos, ainda que muito tardiamente, anunciou aposentadoria da carreira política após o pleito. Acho que é isso mesmo: cansou, já não trabalha mais direito, que pendure as chuteiras e vá criar galinhas, o que pode ser um ofício muito bacana, nada contra. Tem horas que a caduquice e o cansaço acabam vencendo. O problema é quando não se percebe isso.
2 Comments:
Và a um jornal de grande circulação e escreva isso, pois argumentos sem dono não se sustentam.
Mas, meu caro: os argumentos é que são nossos donos...
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